Saio à rua e dou por mim numa Avenida larga, envolta num turbilhão de folhas que tentam cantar os encantos da Primavera. Uma canção fingida, sem cor, já que o frio nos remete para trás, e é assim que vamos, às cambalhotas, até ao fim daquele túnel de vento que nos congela os movimentos e nos aquece as memórias.
Penso na imensidão do espaço; de como esta nos diminui o tamanho mas ao mesmo tempo nos aumenta a sensação de liberdade.
E isto é verdade, verdadinha, ainda que, por vezes, me sinta pequenina mesmo no meu canto e agrilhoada no exterior.
* Gicas.