És assim, e não há nada a fazer.
Por vezes desesperante; assaz irritante.
Labirinto de sentimentos alucinados com clara tendência bipolar.
Há dias em que és simplesmente idiota assumido com propensão para devaneios matinais.
Monopolista compulsivo (larga o comando) com vocação de preguiçoso.
Chato e irrequieto como uma criança em dias de chuva.
Gostas de te pavonear como ninguém, e finges bem a segurança que te escapa por entre os dedos.
Altivo esse sorriso que te enche o ser e me rouba infinitos segundos de respiração.
És a hesitação que me assombra inevitavelmente nos momentos que antecedem o olhar-te nos olhos - esses que brilham como estrelas numa Alentejana noite escura.
Para ti - sacrilégio - há palavras sem valor, e pontualidade é uma delas.
O ritmo do mundo é aquele que queres, e impinges-te através dessa voz carregada de mel, qual encantador de serpentes.
És teimoso e caprichoso e mimado quanto baste.
Em dias maus, mentiroso.
E essa mania de ter sempre a razão?
Ridícula.
Não, ainda não acabei.
Agora, como manda a lei, em português claro:
Amo-te.
Incondicionalmente.