Foi numa destas noites em branco que li Noites Brancas, sonhos recalcados em forma de prosa narrada por um errante sem nome em nome de Dostoiévski.
Quatro noites em que a luz que ilumina São Petersburgo parece insuficiente para a escuridão interior que a trespassa – podia ser Lisboa.
E bem sei que há por aí muitas coisas como alfinetes pregados a saias que não nos querem deixar escapar à solidão.
No fim não se pode prever o que o destino sonhou.
Mas talvez o possamos sonhar de novo.
É que a luz do amanhecer não é a mesma que a da noite, ainda que branca.
* Rita.