My girl.

Foi ontem que acordou uma mulher casada. Acho que só hoje realizou.
Se calhar não, que amanhã também é dia.
E o violino a cantar Bach ainda nos ecoa nos ouvidos.
E claro que chorámos.
Baba e ranho.
Demasiado para um resto de guardanapo do MacDonalds que uma desencantou e que teve de chegar para as cinco.
Madrinhas, não de sangue, mas de vida, que pulsa mais, e também sangra. Lágrimas pejadas de sentimento, de emoções incontidas que se alojam no coração e nos vão arranhando as veias.
A alegria estampada naqueles sorrisos que apenas se contiveram com um aceno de saudade, nostálgico, nas palavras de um irmão demasiado forte, para caminhos demasiado crus.
Uma homilia ímpar, unanimemente apreciada. Um apele único, ao Amor, que se espelha em mil e dois outros sentimentos, mas que não configura outros tantos.
Que a diferença está aí.
E no meio de tanta plenitude, estava lá tudo, que para trás só ficou o passado, e, mesmo esse, nunca nos larga verdadeiramente.
Que o digam as lágrimas.


* The temptations.
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