
O amor é, por natureza, fecundo.
Costuma-se dizer, que não há amor como o primeiro, e o último, é sempre, e invariavelmente o primeiro.
Não há amor que não gere amor. Só é preciso saber geri-lo.
Não, não estou a falar de mais-valias ou índices bolsitas. Mas tenho para mim, que não há activo mais lucrativo do que o amor. Se não, vejamos: é escolha adequada a qualquer perfil de investidor, tem capital garantido na maturidade, e, muito importante, não se cobram comissões.
Amor. Cada gesto, cada manifesto…é inevitável, o amor gera mais amor.
Lembra-me a multiplicação dos peixes. Um milagre diário que Ele nos ensina a gerir…um amar que nos rodeia e sustenta…a cada dia.
De tão verdadeiro, o amor torna-se visível. O amor está em cada sorriso que vejo brilhar, em cada laço que sei existir.
O amor nasce do coração…é maior do que nós, impossível de caber em palavras, e capaz de gerar um infinito volume de si próprio.
Gosto sempre de citar um texto que li um dia, do Mário Assis Ferreira, e que me acompanha desde então:
«Por destino ou por capricho, há um músculo que nos comanda, que nos dá e tira a vida, que matiza esse percurso em volúpios do imaginário. Chama-se coração e no arco dos clichés possíveis, ultrapassa abismos entre o tosco e o sublime: ele pulsa, infrene, nos ditos populares, na boa e na má música, nos desenhos anónimos e em pinturas magistrais, nos cupidos que espevitam o amor, nos prostíbulos que o dissolvem, no retrato de estado de alma, nas cores, vivas ou pesadas, da paleta da nossa existência. (…) E sendo tanto e tão disperso, dele evoco o pouco que no coração mais me fascina: o seu tropel na força da adrenalina, quando corpo e alma se fundem no amplexo de uma emoção. No primeiro beijo, no nascer de um filho, no rosto de uma mãe, no longo anseio conquistado, na partilha com alguns amigos.
Talvez seja isso que mais marca o coração – o meu coração: o silêncio de quem não está».
*suspiro*
Mas desenganem-se se julgam que o amor é toda uma perfeição.
O amor, como eu, padece de um encantador mau feitio matinal.
O amor, como nós, padece de dias irritadiços ou melancólicos, revoltados ou cansados.
As nossas lágrimas fazem-no chorar…tanto quanto a nossa alegria o consegue fazer rir.
Também ele se angustia, também ele se sente perdido, confuso, e capaz de desistir.
O amor também tem saudades. E, pasmem-se, também precisa de mimo.
Pois é, o amor também sangra por dentro.
É por isso que temos de tratar dele…e como, se não com rasgos dele próprio?
O amor vive de ti, e dele, e de nós. O amor não vive sozinho, antes se partilha.
Somos feitos uns dos outros, e é, afinal, por isso, que nunca estamos verdadeiramente sós.
Mais do que se proclamar ou fazer anunciar, o amor vive-se, faz-se sentir.
Aqui, ali, em todo o lado. Como no principezinho, na sua amiga raposa e na sua querida flor.
Percam tempo um com o outro. Cultivem o amor, essa fecunda flor que se espalha de forma tão especial.
E agora, que é Outono, sinal de um novo recomeço, pinta-se o chão de folhas secas, e o céu de um dourado que não tem preço.
Façam vosso o arco-íris, sem querer logo chegar ao fim, a parte mágica do caminho, é viver, isso sim.
Cultivem o amor, e reguem-no com serenidade, carinho e confiança, são metade da felicidade.
Soltem-se ao vento suave que vai soprando, e dividam sempre a saudade, o bem maior que vos lava a alma, é a pureza, e a verdade.
Abram os ouvidos ao coração, e fechem os olhos à maldade, a sensatez também se aprende, e vem com a idade.
Dêem graças todos os dias, por terem tanto por que agradecer, é uma bênção maravilhosa, ver o vosso amor crescer.
Soundtrack: Aladin & Yasmin – A whole new world.
Agradecimento especial: Carmo.
Costuma-se dizer, que não há amor como o primeiro, e o último, é sempre, e invariavelmente o primeiro.
Não há amor que não gere amor. Só é preciso saber geri-lo.
Não, não estou a falar de mais-valias ou índices bolsitas. Mas tenho para mim, que não há activo mais lucrativo do que o amor. Se não, vejamos: é escolha adequada a qualquer perfil de investidor, tem capital garantido na maturidade, e, muito importante, não se cobram comissões.
Amor. Cada gesto, cada manifesto…é inevitável, o amor gera mais amor.
Lembra-me a multiplicação dos peixes. Um milagre diário que Ele nos ensina a gerir…um amar que nos rodeia e sustenta…a cada dia.
De tão verdadeiro, o amor torna-se visível. O amor está em cada sorriso que vejo brilhar, em cada laço que sei existir.
O amor nasce do coração…é maior do que nós, impossível de caber em palavras, e capaz de gerar um infinito volume de si próprio.
Gosto sempre de citar um texto que li um dia, do Mário Assis Ferreira, e que me acompanha desde então:
«Por destino ou por capricho, há um músculo que nos comanda, que nos dá e tira a vida, que matiza esse percurso em volúpios do imaginário. Chama-se coração e no arco dos clichés possíveis, ultrapassa abismos entre o tosco e o sublime: ele pulsa, infrene, nos ditos populares, na boa e na má música, nos desenhos anónimos e em pinturas magistrais, nos cupidos que espevitam o amor, nos prostíbulos que o dissolvem, no retrato de estado de alma, nas cores, vivas ou pesadas, da paleta da nossa existência. (…) E sendo tanto e tão disperso, dele evoco o pouco que no coração mais me fascina: o seu tropel na força da adrenalina, quando corpo e alma se fundem no amplexo de uma emoção. No primeiro beijo, no nascer de um filho, no rosto de uma mãe, no longo anseio conquistado, na partilha com alguns amigos.
Talvez seja isso que mais marca o coração – o meu coração: o silêncio de quem não está».
*suspiro*
Mas desenganem-se se julgam que o amor é toda uma perfeição.
O amor, como eu, padece de um encantador mau feitio matinal.
O amor, como nós, padece de dias irritadiços ou melancólicos, revoltados ou cansados.
As nossas lágrimas fazem-no chorar…tanto quanto a nossa alegria o consegue fazer rir.
Também ele se angustia, também ele se sente perdido, confuso, e capaz de desistir.
O amor também tem saudades. E, pasmem-se, também precisa de mimo.
Pois é, o amor também sangra por dentro.
É por isso que temos de tratar dele…e como, se não com rasgos dele próprio?
O amor vive de ti, e dele, e de nós. O amor não vive sozinho, antes se partilha.
Somos feitos uns dos outros, e é, afinal, por isso, que nunca estamos verdadeiramente sós.
Mais do que se proclamar ou fazer anunciar, o amor vive-se, faz-se sentir.
Aqui, ali, em todo o lado. Como no principezinho, na sua amiga raposa e na sua querida flor.
Percam tempo um com o outro. Cultivem o amor, essa fecunda flor que se espalha de forma tão especial.
E agora, que é Outono, sinal de um novo recomeço, pinta-se o chão de folhas secas, e o céu de um dourado que não tem preço.
Façam vosso o arco-íris, sem querer logo chegar ao fim, a parte mágica do caminho, é viver, isso sim.
Cultivem o amor, e reguem-no com serenidade, carinho e confiança, são metade da felicidade.
Soltem-se ao vento suave que vai soprando, e dividam sempre a saudade, o bem maior que vos lava a alma, é a pureza, e a verdade.
Abram os ouvidos ao coração, e fechem os olhos à maldade, a sensatez também se aprende, e vem com a idade.
Dêem graças todos os dias, por terem tanto por que agradecer, é uma bênção maravilhosa, ver o vosso amor crescer.
Soundtrack: Aladin & Yasmin – A whole new world.
Agradecimento especial: Carmo.