O tempo pára quando não estás.


De ti faço minutos que gosto de coleccionar em caixas toscas de madeira, pintadas com a tua doçura e seladas com a minha saudade.
Hoje ainda não chegaste. E aquele velho relógio parou no tempo, inebriado pelo amargo sabor da tua ausência.
Para me entreter, faço curtas-metragens mentais que me enchem o pensamento.
E então, ao longe como num suspiro, começo a sentir o meu coração a reiniciar.
Páro para respirar. E naquele nano segundo que demora para o meu sorriso me vestir, o relógio abre os olhos e espreguiça-se.
Estás a chegar; e o tempo de repente ganha vida.



* Andreia.
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