Disseram-me que vinhas, e eu, tolinha, acreditei.
Pintei a boca de encarnado, e sentada na varanda, esperei.
O relógio bateu a uma, e ao longe, nem sinal, e eu com o meu vestido rodado, choramingava no quintal.
Então alguém me disse baixinho, não fosse de dor me partir, que te apaixonaste por outra, que passa a vida a sorrir.
A correr limpei a boca, que nunca mais de encarnado se pintou, o meu sorriso larguei ao vento, naquele dia que passou.