Se eu [fosso] um dia o teu olhar.


Hoje apetece-me reescrever algo que em tempos, o tempo ditou que fosse para ti.



Hoje continua a ser. Só o fosso da tua ausência tem vindo a diminuir. O ser Humano é assim - não vive, sobrevive.



E com isto recordas-me Nietzsche, que uma vez terá dito, ou escrito, «when you look long into an abyss, the abyss looks into you». Consegues ver o quão pernicioso isso é? Foi por isso que achei que estava na hora de desviar o olhar.









Para ti.
Tu que pintas arco-irís em forma de sorrisos.
Enches de azul um céu de medos concisos.
Salpicas de brilho as estrelas que me guiam.
Dás asas ao sonho com mundos que aliciam.

Para ti.
Para quem o verde é mais verde, mesmo que visto daqui.
Para quem o mundo é pequeno porque tanto sorri.
Para quem as nuvens são fáceis de tocar, porque as vê de pernas para o ar.
Para quem a lua está tão perto…porque diz que não, mas tem o coração aberto.

Para ti.
Porque como disse a outra Sophia, “nenhuma ausência é mais funda que a tua”.







Soundtrack: The waterboys – The hole of the moon



Agradecimento especial: Gicas.


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